De rivais a colegas. Héctor Herrera partilha agora o balneário com João Félix, no Atlético de Madrid, e em entrevista ao «AS» brinca com essa situação, entre rasgados elogios ao português.

«Gosto muito de como joga. É super inteligente. Aquilo que mais notava, quando o defrontava, era a inteligência dele, mesmo tão jovem. Os movimentos sempre para receber a bola solto, nas costas dos médios. Era isso que eu mais gostava. Não era um avançado típico, nem mesmo médio ofensivo. Tem muito golo. É um grandíssimo jogador. Antes não podia desejar-lhe sorte, mas agora sim», afirma o internacional mexicano.

Relativamente à mudança do FC Porto para o Atlético de Madrid, em final de contrato, Herrera assume que tinha enorme conforto em Portugal, mas decidiu assumir um novo desafio.

«O conforto não é bom, e eu gosto de desafios. Sabia que não ia ser nada fácil. No Porto tinha tudo: a minha família estava super adaptada, era capitão.... Mas queria crescer, vir para esta Liga», justifica.

«Para mim era muito importante a abordagem, o interesse, convencerem-me de que seria importante. Queria esta num clube grande, um histórico como o Atlético. Foi o clube que mais me agradou, e do ponto de vista futebolístico, pois a minha decisão foi futebolística, foi o clube que me fez deixar o FC Porto», acrescenta o mexicano.

Nesta entrevista ao «AS», Héctor Herrera fala ainda do benefício de ter Felipe por perto, já que o central brasileiro também trocou o FC Porto pelo Atlético de Madrid, e brinca ainda com a circunstância de ter agora o brasileiro Éder Militão como rival.

Questionado também sobre o enfarte sofrido por Iker Casillas, o médio assume que foi um choque.

«Foi a situação mais difícil que vivi na carreira. Ver um colega a sofrer daquela forma... não sabes encontrar palavras para animá-lo e dizer-lhe que estás com ele», acrescenta.