A nova edição da Major League Soccer (MLS), a liga norte-americana de futebol, arranca no domingo, com o Portland Timbers a defender o título, numa edição que terá como aliciante a chegada de mais nomes sonantes provenientes do futebol europeu, além do reforço do contingente de portugueses com Nuno André Coelho (Sporting Kansas City) e João Meira (Chicago Fire) a juntarem-se a José Gonçalves (vai somar a sua quarta temporada no New England Revolution) e a Rafael Ramos (segunda época no Orlando City).

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João Meira, antigo central do Belenenses e do Atlético, de 28 anos, é uma das caras novas do Chicago Fire, equipa que na última temporada terminou no último lugar da conferência leste. «O Chicago Fire teve uma má prestação nas duas últimas edições da MLS, mas é um clube com muita tradição e que até já foi campeão. O objetivo este ano será trazer novamente a credibilidade ao clube», explicou João Meira à agência Lusa.

O defesa, que passou pelas escolas do V. Setúbal, vai ter como treinador Veljko Paunovic, que levou a Sérvia à conquista do Europeu sub-19 e depois ao Mundial sub-20, um treinador que, com alguma surpresa, também ingressou na MLS. «Há muita esperança depositada no seu conhecimento. Ele está a ajudar bastante o grupo e penso que podemos sair todos a ganhar com isso», considerou.

Uma experiência nova para o defesa português num país que cada vez mais «vive intensamente» a modalidade. «Até agora estou a adorar a minha nova vida aqui nos Estados Unidos. A nível de condições e de como se vive aqui o futebol não há comparação. Enquanto em Portugal temos estádios bem compostos quando jogamos contra quatro ou cinco equipas, aqui, para se ter uma ideia, num torneio que fizemos em Portland na semana passada estavam 20 mil pessoas nas bancadas», contou.

Durante a temporada, João Meira vai ter pela frente «craques» como Didier Drogba (Montreal Impact), Steve Gerrard (Los Angeles Galaxy) e, já no domingo, o espanhol David Villa, o italiano Andrea Pirlo e o inglês Frank Lampard, todos do New York City. «Sem dúvida que será um privilégio, mas prefiro encarar como se fosse jogar contra qualquer outro jogador. Tenho respeito, mas sem qualquer medo», comentou.

Portland Timbers na defesa do título

O Portland Timbers iniciam a época com o estatuto de campeões, embora o Los Angeles Galaxy, três vezes vencedor nos últimos cincos anos, encabecem a lista de favoritos, enquanto o New York City aparece como a grande incógnita. Novamente comandado por Bruce Arena, antigo selecionador dos Estados Unidos e um dos mais conceituados treinadores do país, o Galaxy reforçaram-se com nomes bem conhecidos como o inglês Ashley Cole (Roma), o holandês Nigel de Jong (AC Milan) e o belga Van Damme (Standard Liège).

Os três juntaram-se em Los Angeles ao inglês Steven Gerrard, ao mexicano Giovanni dos Santos e ao irlandês Robbie Keane, segundo melhor marcador da última edição, com vinte golos.

Mas as «estrelas» não existem só na «cidade dos anjos», mas também em Nova Iorque, no City FC, que depois de uma época de estreia algo dececionante (antepenúltimo classificados na conferência leste), aparecem reforçados, sobretudo no banco de suplentes. Depois do sucesso alcançado nos escalões jovens do Manchester City, o francês Patrick Vieira vai tentar colocar o New York City na luta pelo título, com a ajuda do espanhol David Villa, do inglês Frank Lampard e do italiano Andrea Pirlo.

Os nova-iorquinos reforçaram-se na defesa com o basco Andoni Iraola, que passou mais de uma década no Athletic Bilbau antes de seguir viagem para a MLS, enquanto na frente contam com Tony Taylor, avançado que passou por Estoril-Praia e Atlético.

Para a defesa do título, o Portland Timbers manteve as suas principais figuras, incluindo o nigeriano Fanendo Adi, que fez 18 golos em 2015, o colombiano Dairon Asprilla e o cérebro da equipa, o médio argentino Diego Valeri, que em tempos passou sem grande brilho pelo FC Porto (2009/2010).

Após ter conquistado o prémio de melhor jogador e melhor marcador (22 golos) da última edição da MLS, naquela que foi a sua época de estreia, o italiano Giovinco volta a ser uma das atrações da prova, assim como o brasileiro Kaká (Orlando City) e o marfinense Didier Drogba (Montreal Impact).

Com vinte equipas, dividas pelas conferências leste e oeste, a nova edição da MLS arranca no domingo com oito jogos, com os Timbers a receberam o Columbus Crew numa reedição da final do ano passado. No mesmo dia, o New York City desloca-se ao campo do Chicago Fire, enquanto na segunda-feira o Los Angeles Galaxy recebem o DC United.