O Manchester City foi a Goodison park bater o Everton por 2-0 e, desta forma, garantiu a qualificação para as meias-finais da Taça de Inglaterra. Carlo Ancellotti ainda conseguiu equilibrar a contenda durante 80 minutos, com André Gomes em plano de destaque, mas Pep Guardiola fez a sua equipa subir de nível nos últimos instantes com a entrada de De Bruyne e junta-se ao Southampton na próxima fase.

Pep Guardiola faz mais uma demonstração do grande plantel que tem à disposição, deixando jogadores como Ederson, Cancelo, Mahrez, De Bruyne ou Aguero no banco, mas apresentando uma equipa com a mesma personalidade que tem vindo a exibir na Premier League. Uma equipa com Ruben Dias na defesa e Bernardo Silva como interior direito que assumiu, desde logo, as rédeas do jogo, com uma elevada posse de bola, a empurrar o Everton para junto da sua área.

Carlo Ancelotti, por seu lado, apresentou um onze muito equilibrado, com João Virgínia na baliza e André Gomes no meio-campo, procurando, em primeiro lugar, consistência em termos defensivos, até á equipa sentir-se confortável, para depois ir tentando subir no terreno e aproximar-se de Richarlison, a grande referência do ataque dos Toffees.

O jogo começou com um City muito forte, com Sterling e Foden muito ativos sobre a esquerda, e Bernardo Silva e Gundogan no lado contrário. Os visitantes chegavam com facilidade à área da João Virgínia, mas depois tinham dificuldades em encontrar espaços para rematar. O Everto recuou no início do jogo para controlar o adversário, mas, à medida que foi ganhando confiança, foi subindo no terreno e ensaiando os primeiros ataques, com Calvert-Lewin e Richarlison a entrarem no jogo.

Um jogo de forças muito interessante que se prolongou até ao intervalo, sem grandes oportunidades de golo. Sterling e Fonde ainda ensaiaram remates de média distância, mas Richarlison também experimentou um remate acrobático na área do City que não passou muito longe da trave.

A segunda parte começou nos mesmos moldes, com um City por cima, com mais bola, mais perto da baliza de João Virgínia, mas com um Everton que também continuava consistente, com André Gomes, sempre ao primeiro ou ao segundo toque, a ajudar a circular a bola. O duelo tático seguiu, assim, equilibrado, até que Guardiola começou a desequilibrar a partir do banco. Lançou primeiro Mahrez, para o lugar de Bernardo Silva, depois De Bruyne e ainda Rodri.

A dez minutos do final, a consistência do Everton desfez-se em dois tempos. Aos 84 minutos, o belga abriu espaço, Foden rematou, Virgínia ainda defendeu, mas a bola foi à trave e Gundogam, na recarga, marcou de cabeça. Estava desfeito o nulo.

O Everton procurou reagir de imediato, subindo as suas linhas, com Ancelotti a lançar Iwobi para a frente, mas foi o City que voltou a marcar, numa transição rápida, com Rodri, acabadinho de entrar, a abrir caminho para o golo de De Bruyne.

Em dois tempos, o City resolveu uma eliminatória complicada e segue em frente na Taça de Inglaterra.