Marcelino García Toral, ex-treinador do Villarreal, deu esta terça-feira uma conferência de imprensa em Madrid para esclarecer a polémica em que se vê envolto desde maio passado, quando o ‘submarino amarelo’ jogou frente ao Sp. Gijón e perdeu, garantindo assim a permanência do Gijón e a descida do Rayo Vallecano, e que agora se agravou.

Na altura, o técnico tinha manifestado o desejo do Sp. Gijón permanecer na Liga espanhola, devido ao seu passado no clube como jogador e treinador, e o resultado negativo do Villarreal suscitou a polémica.

A mulher também ajudou ao escrever nas redes sociais uma mensagem, que ia de encontro a esse episódio, e que mais tarde apagou: «Vou de Astúrias com o trabalho feito. Deixamos-vos na primeira.»

Agora e depois de comparado pelo presidente do Rayo Vallecano, Martín Presa, ao piloto da Lufthansa que despenhou um avião nos Alpes, em março de 2015, Marcelino admitiu que o poderá levar a tribunal.

«Peço que se retrate da sua ofensiva e infeliz manifestação. Comparou-me a um indivíduo que matou 149 pessoas. Não estou louco, nem sou um assassino. Sou um treinador de futebol honesto. Insultou-me e ofendeu-me. Se não se retrata, agirei judicialmente», disse.

Depois, abordou também a sua saída do comando técnico do Villarreal, no dia 10 de agosto, e comentou o eco das palavras do presidente do clube, Fernando Roig, que deu a entender na semana passada que Marcelino originou «um problema de honra desportiva» para o emblema.

«Tenho a consciência limpa. Trabalho com honra. A minha relação com Roig foi respeitosa e próxima durante os 44 meses de um projeto entusiasmante e com magníficos resultados. O trato foi impecável. Quando prescindiu dos meus serviços não me disse que o motivo foram as dúvidas sobre a minha honra, nem sobre o que se passou em Gijón.»

«Liguei-lhe no domingo, atendeu-me com respeito e carinho e reconheceu que nunca duvidou da minha honra. Ele autorizou-me a tornar esta conversa pública e disse-me que se tivesse duvidado, me teria despedido imediatamente», sustentou.