Pep Guardiola, antigo treinador do Barcelona e que comandou os catalães entre 2008 e 2012, recordou os quatro anos que orientou o clube e mostrou orgulho pela história que escreveu ao serviço dos «blaugrana». O treinador espanhol destacou a nostalgia que sente ao recordar esses momentos e explicou a importância de o clube vencer a Liga dos Campeões com jogadores da formação no plantel principal.

«Ver imagens dos jogos do «meu» Barcelona deixa-me nostálgico, mas alegre por saber que disfrutei disso. As duas vezes que ganhei a Liga dos Campeões no Barcelona, ganhei com sete jogadores da formação. Por exemplo, Xavi, Iniesta, Valdés, que chegaram ao clube com sete, oito anos. A equipa era uma combinação de estrelas e conquistas como aquelas, acontecem uma vez na vida», disse Guardiola em declarações num festival do desporto em Itália.

«Acontece uma vez na vida. Se durante vinte anos continuarmos a ler a nossa história nos livros é muito bom. É sinal que deixamos algo», disse o atual treinador do Manchester City, que apontou os motivos do sucesso.

«O clube teve confiança em mim, que vinha das camadas jovens e os jogadores identificavam-se. Tínhamos dinheiro para comprar grandes jogadores e o melhor jogador do mundo, de longe», disse ainda Guardiola, referindo-se a Lionel Messi, a quem não poupou elogios.

«É uma pessoa introvertida. É um animal competitivo e feroz. Que ajuda os que estão por perto a serem melhores. É um jogador de grandes jogos. Odeia perder, joga como quando era pequeno e, nos grandes eventos, se a equipa o acompanha, faz a diferença», frisou o treinador.

Questionado sobre as hipóteses de o Manchester City ganhar a Liga dos Campeões, Guardiola mostrou-se cauteloso. «O nosso maior feito foram umas meias-finais. A verdade é que não sei se estamos preparados. Não temos muita história. Não é apenas uma questão de treinador, jogadores, clube, adeptos… É acreditar que podemos ganhar e sinceramente não sei como estamos a este nível».