O presidente da FIFA, Gianni Infantino, avaliou esta quinta-feira como «muito interessante» uma eventual candidatura tripla de Portugal, Espanha e Marrocos ao Mundial 2030 de futebol. No entanto, ressalvou a obrigação de manter «uma posição de neutralidade, para permitir que outras candidaturas possam desenvolver-se».

A edição de 2030 será a do centenário dos Mundiais e há já uma candidatura conjunta do Uruguai com a Argentina e o Paraguai. A Bolívia também tem intenções de juntar-se ao trio.

A hipótese de candidatura está também a ser estudada por outros quatro países europeus, a Grécia, a Bulgária, a Roménia e a Sérvia. Reino Unido e República da Irlanda também ponderam proposta.

A ideia ficou notada à margem de novo debate sobre o alargamento do Mundial 2022 a 48 seleções, sobre o qual Infantino reforçou as hipóteses de a dita edição ser alargada aos «países limítrofes».

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«Alargar o número de seleções para 48 para o Mundial 2026 é uma boa decisão e está em estudo a possibilidade de o mesmo ser feito no Mundial 2022. A maioria das federações é favorável a isso, mas é preciso ver se é viável a nível de organização. Será difícil um Mundial com 48 seleções apenas no Qatar. A ideia será organizar alguns jogos nos países limítrofes», referiu Infantino, em conferência de imprensa, após uma reunião do comité executivo da FIFA, em Marrocos.

Ora, essa possível passagem de jogos para os países vizinhos pode ser atualmente posta em causa, devido à crise diplomática do Qatar, sobretudo com a Arábia Saudita. Sobre isso, Infantino disse que a FIFA pode «ver o que é possível fazer».