Cristiano Ronaldo é um 31.

É um 31 porque, mesmo quando não aparece tanto em jogo, aparece o suficiente. É um 31, diga-se um quebra-cabeças, porque cheira o golo. É muitas vezes letal para as defesas contrárias.

É um 31 porque, em abono das coincidências numéricas, chegou agora aos 31 títulos coletivos na carreira como sénior, entre clubes e seleções. E aos 760 golos na carreira.

O internacional português abriu caminho ao triunfo da Juventus por 2-0 frente ao Nápoles, com o primeiro golo que começou a desenhar a vitória da equipa de Andrea Pirlo na Supertaça de Itália, a segunda de Ronaldo no clube e o seu quarto título em terras transalpinas, onde também já venceu dois campeonatos.

Num jogo que teve uma primeira parte fraca, sobretudo marcada por uma ocasião soberana de Lozano – Szczesny fez uma grande defesa aos 29 minutos – o marcador foi desbloqueado só na segunda parte.

Foi para esse período que Pirlo lançou Bernardeschi em campo, tirando Chiesa. A entrada do médio fez a diferença em favor do jogo da Juventus, que inaugurou o marcador após um canto por si batido, do lado esquerdo do ataque. Bakayoko viu a bola bater-lhe de forma infeliz nas costas e Ronaldo, no sítio certo, na cara de Ospina, abriu o ativo aos 64 minutos.

Insigne acabou o jogo a chorar a derrota napolitana, mas mais do que a derrota. A hipótese de ter dado outro destino ao jogo. Aos 80 minutos, após falta clara assinalada com recurso ao vídeo-árbitro, de McKennie sobre Mertens, Insigne atirou ao lado da marca dos 11 metros.

Mário Rui saiu pouco depois, com Gattuso a tentar o tudo por tudo com Politano e Llorente, mas foi a Juventus a acabar o jogo em grande. Szczesny fez uma defesa quase impossível já na reta final da compensação e Morata, a passe de Cuadrado, concluiu um contra-ataque para o 2-0 final no último lance.

A Juventus vence a sua nona Supertaça de Itália e aumenta a vantagem como maior titulada na prova. O Milan tem sete e o Inter cinco.

O golo de Ronaldo: