A derrota da Lazio em Milão, ao início da tarde, deixou o Nápoles com caminho aberto para festejar o scudetto já este domingo, mas a decisão foi adiada por, pelo menos, mais uma jornada.

Os azzurri até estiveram na frente, mas levaram um «balde de água fria» na reta final e empataram a uma bola com a Salernitana (1-1), de Paulo Sousa, numa altura em que ainda faltam seis jornadas por disputar.

A expectativa – até nas ruas – era muita, mas a tarefa não se previa fácil, até porque a Salernitana vinha de uma série de oito jogos sem perder.

Na primeira parte, a turma de Luciano Spalletti tomou conta do jogo, mas sentiu dificuldades em ultrapassar a organização defensiva da Salernitana.

Já na segunda parte, com as primeiras substituições, tudo mudou. Raspadori foi lançado aos 61 minutos e, no minuto seguinte, assistiu para golo. O extremo italiano cruzou para a área e o uruguaio Mathias Olivera – que esta tarde substituiu o lesionado Mário Rui – subiu mais alto, antes de cabecear para o fundo das redes.

O Diego Armando Maradona foi ao delírio.

Contudo, a seis minutos dos 90, Boulaye Dia ultrapassou Osimhen como quis, entrou dentro da área napolitana e atirou um remate em jeito com o pé esquerdo, que silenciou o estádio. No segundo remate enquadrado que teve em todo o jogo, a Salernitana causou estragos e até Paulo Sousa correu para festejar com os jogadores.

O desânimo tomou conta do Nápoles que, ainda assim, foi em busca do 2-1 para acabar com as discussões pelo título, mas Ochoa respondeu afirmativamente sempre que foi chamado a intervir.

Já em tempo de descontos, Paulo Sousa viu cartão vermelho e foi expulso devido à forma veemente como protestou durante um ataque do Nápoles.

Apesar da frustração, o Diego Armando Maradona aplaudiu a equipa, até porque a conquista do título que foge há 33 anos é quase uma inevitabilidade: o Nápoles é líder com 79 pontos, mais 18 do que a Lazio, segunda classificada.

Já a Salernitana, é 14.ª, com 34 pontos.