A eleição do onze feminino do ano, nos prémios FIFA The Best, está a provocar uma onda de indignação. A equipa idela não conta com a melhor jogadora do ano, Alexia Putellas, nem nenhuma das outras duas finalistas na corrida à consagração dos prémios The Best, e que são as mesmas três que também já tinham estado no pódio da Bola de Ouro.

A eleição de Alexia Putellas, jogadora do Barcelona, como melhor jogadora do Mundo parece ter sido o único prémio consensual no setor feminino. Mesmo o prémio para a melhor treinadora do Mundo, entregue a Emma Hayes, do Chelsea, foi muito controversa, uma vez que foi o Barcelona quem venceu a Liga dos Campeões com uma goleada à equipa londrina na final por 4-0.

Depois, oo melhor onze do ano, além de não constarem as três finalistas a melhor jogadora do ano, Alexia Putellas, Jenni Hermoso e Sam Kerr, também não conta com uma única jogadora do Barcelona que, em 2021, ganhou tudo o que havia para ganhar. Uma eleição que o jornal catalão Sport classifica, num artigo de opinião, como «uma vergonha».

Um onze que conta no ataque com as veteranas Marta e Alex Morgan que estavam entre as melhores em 2015, mas que estiveram muito abaixo em 2021 nos respetivos clubes. O meio-campo conta também com jogadoras como Banini e Bonansea que não ficaram entre as trinta primeiras classificadas na corrida a melhor médio do ano e onde, mais uma vez, não está nenhuma jogadora do Barcelona campeão da Europa.

A eleição do melhor onze do ano feminino resulta da votação das próprias jogadoras, através do sindicato FIFPro, mas a verdade é que o resultado final, além da controvérsia, retira credibilidade a aos prémios da FIFA.