O presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaifi, está na mira da justiça por acusações de sequestro e tortura no Qatar. Três juízes de instrução criminal de Paris foram nomeados, na segunda-feira, para investigar denúncias do lobista franco-argelino Tayeb Benabderrahmane, que visam o presidente dos parisienses, de acordo com a AFP.

Fonte judicial confirmou que Benabderrahmane denunciou episódios de tortura e sequestro, em janeiro de 2020, no Qatar, onde terá passado meio ano torturado e colocado em prisão domiciliária, até ser autorizado a sair em novembro. Terá sido libertado depois de ter assinado um protocolo em que se comprometeria a não divulgar informações que poderiam incriminar o dono do PSG.

«Estamos muito felizes que o verdadeiro dossiê desta história seja objeto de uma investigação pela justiça francesa», referiram, à AFP, na segunda-feira, os dois advogados de Tayeb Benabderrahmane.

Em causa, segundo a imprensa francesa, as informações que poderiam comprometer Nasser Al-Khelaifi estão relacionadas com a atribuição do Mundial 2022 ao Qatar, assim como os direitos televisivos dos Mundiais 2026 e 2030 ao grupo mediático beIN, do qual Al-Khelaifi é presidente.

Os advogados de Al-Khelaifi não quiseram prestar declarações, devido a sigilo profissional.