A seleção de futebol da Noruega, através do seu selecionador Stale Solbakken, bem como pelos futebolistas Erling Haaland, Martin Odegaard e outros, manifestou a intenção de denunciar, no jogo de quarta-feira ante Gibraltar, as condições precárias e perigosas dos trabalhadores migrantes no Qatar, a propósito da preparação para o Mundial 2022.

«Está na altura de tomarmos uma ação concreta», afirmou, esta terça-feira, Stale Solbakken, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com Gibraltar, realizada em Marbella, Espanha, no arranque da qualificação europeia para o Mundial que se realiza no Qatar.

Vários clubes da Noruega já mostraram ser favoráveis a um boicote ao Mundial nas últimas semanas.

Em fevereiro, o jornal inglês The Guardian noticiou que mais de 6.500 trabalhadores migrantes morreram no Qatar, desde a atribuição, em 2010, do Mundial de futebol de 2022 àquele país.

O assunto vai ser debatido na Noruega num congresso extraordinário das estruturas de futebol do país, a 20 de junho.

Na segunda-feira, a propósito da situação dos milhares de trabalhadores migrantes, a Amnistia Internacional pediu à FIFA para que pressione as autoridades do Qatar a respeitarem os direitos humanos dos trabalhadores.

A Noruega integra o grupo G de qualificação europeia para o Mundial 2022, com Gibraltar, Turquia, Montenegro, Países Baixos e Letónia.