Foi apresentada uma queixa na Procuradoria Anti-corrupção de Barcelona de pressões sobre um árbitro assistente para que prejudique o Barcelona no clássico com o Real Madrid, agendado para 21 de novembro.
 
A notícia foi avançada esta quarta-feira pela rádio espanhola COPE, que teve acesso ao documento da queixa, apresentado por um advogado, já que o árbitro em questão pede o anonimato por temer represálias.
 
Segundo a queixa, o árbitro assistente foi contactado por um árbitro principal, com que faz equipa muitas vezes, que lhe diz que foi contactado por um elemento do Comité Técnico de Árbitros com uma indicação: «Apitar de determinada maneira, de modo a prejudicar os interesses de um dos clubes, o Barcelona».
 
O árbitro diz-lhe ainda que lhe foi explicado que «é melhor que as decisões mais difíceis do jogo não sejam tomadas pelo árbitro principal, porque gera maior controvérsia e está submetido a um maior controlo dos media». «Essa situação já aconteceu esta época e o árbitro principal foi muito criticado pelos media», adiantou, segundo a queixa.
 
Caso decidissem não aceitar a indicação, seriam prejudicados na carreira, impedidos de subir de escalão, e as avaliações anteriores seriam revistas.
 
Tendo o árbitro assistente recusado compactuar com essa situação, terá então recebido um telefonema de um elemento do Comité Técnico, que é identificado na queixa. Este diz-lhe que «se aceitar, será bom para a carreira, se não aceitar, dificilmente conseguirá manter-se em alta, e a carreira de árbitro é muito curta».

O advogado diz que aconselhou o árbitro assistente a apresentar queixa na polícia, o que este terá já feito.