No verão de 2007, Royston Drenthe era o wonderkid mais pretendido pelos grandes da Europa. Barcelona, Chelsea, Bayern e, claro, Real Madrid lutaram pela estrela holandesa do Europeu se sub21. O esquerdino escolheu os blancos e iniciou com essa opção uma viagem pelo lado negro da noite. A decadência, o deboche, a luxúria. Mas não o fez sozinho. 

«Tive tantas noites lindas com o Guti. E não só. Eu era muito próximo do Wesley Sneijder e passámos muitas vezes os limites. O Robinho e o Higuain também andavam muito connosco», recorda Drenthe, agora com 34 anos, à Voetbal International

Drenthe esteve ligado ao Real Madrid de 2007 a 2012, mas fez apenas três épocas no plantel principal, num total de 64 jogos e quatro golos. Os motivos do insucesso são fáceis de explicar. 

«A dada altura prometi à minha família e ao clube que ia deixar de sair à noite. Não cumpri. Certa noite abri o portão da minha propriedade, pus o carro em ponto morto e empurrei-o pela rampa abaixo, para ninguém me ouvir. Depois voltava tarde e fingia que tinha dormido a noite toda na parte de baixo da casa.»

Royston Drenthe voltou em janeiro a Espanha e está com o Racing Murcia na terceira divisão, a lutar pela subida. Apesar do peso excessivo, já teve bons momentos