A partir desta sexta-feira, 22, os jogadores que representem clubes romenos e que tenham três ou mais meses de salários em atraso podem rescindir com os respetivos clubes, informou a FIFPro em comunicado.

Refira-se que o antigo regime jurídico em vigor na Roménia, relativo às insolvências, estabelecia que os clubes nesta situação não deviam pagar nem libertar os jogadores até ao momento em que reestruturassem as suas finanças. Queria isto dizer que um futebolista com vários meses de salários em atraso não podia rescindir por justa causa com o clube que representava e, assim, ter liberdade para procurar outro destino. Foi o caso do luso-brasileiro Rafael Kneif, com quem o Maisfutebol falou em fevereiro passado.

De acordo com a AFAN (sindicatos dos futebolistas profissionais e amadores da Roménia), a nova legislação vai afetar cerca de 300 jogadores pertencentes a 14 clubes das 1.ª e 2.ª divisões da Roménia. Entre eles estão futebolistas do Rapid Bucareste e do Cluj.

«Estamos a receber muitas chamadas de jogadores a pedir conselhos e esperado ter uma semana muito ocupada», referiu à FIFPro Aurora Dohatcu, representante legal da AFAN. De acordo com a mesma responsável, cerca de 50 jogadores deverão tomar imediatamente a decisão de abandonar os respetivos clubes.

A nova lei, que entra em vigor no final desta semana permite que os jogadores possam rescindir com as equipas que representam caso tenham três meses de salários e atraso. Para isso, têm de preencher um documento da Federação Romena de Futebol, que permite que os processos sejam resolvidos, estima a AFAN, no prazo de duas a quatro semanas.