A Associação de Futebolistas Profissionais (PFA) pediu à Federação Inglesa (FA) para considerar a criação de uma regra nos regulamentos que impeça o cabeceamento da bola nos jogos entre crianças com menos de 10 anos.

O receio de possíveis lesões é a preocupação da PFA, que veio a público manifestar a vontade de implementar a regra. «Penso que a introdução dessa regra deve ser seriamente considerada. Já houve alterações aos regulamentos das camadas jovens em outras áreas. As regras do futebol têm também a função de preservar a saúde dos seus praticantes», observou o diretor-executivo da PFA, Gordon Taylor.

O responsável máximo do organismo representativo dos futebolistas profissionais assinalou que Inglaterra deve seguir o exemplo dos Estados Unidos, que já proibiram a disputa da bola com a cabeça por atletas com idade inferior a 12 anos.

Um novo estudo da Universidade de Stirling concluiu que disputar a bola com a cabeça durante um jogo pode provocar problemas de memória durante um período de 24 horas. Pelo menos 250 futebolistas foram diagnosticados com problemas cerebrais degenerativos nos últimos anos.

Em 2002, Jeff Astle, internacional inglês e antigo jogador do West Bromwich, faleceu aos 59 anos, alegadamente vítima de uma doença cerebral degenerativa, fruto do constante cabecear de bola ao longo da carreira de futebolista.