Robert Prosinecki cruzou-se com Radomir Antic no seu percurso em Espanha e, um dia após a morte do técnico sérvio, que conduziu o Atlético de Madrid à 'dobradinha' nacional em 1996, afirmou que se tivesse ido para o rival do Real nessa época, os títulos dos colchoneros na liga e na Taça do Rei podiam não ter acontecido.

Prosinecki foi jogador de Antic no Real Madrid na época 1991/1992 e o reencontro aconteceu três anos depois, no Oviedo, em 1994/1995, já após um calvário de lesões do histórico jogador que marcou por duas seleções diferentes em Mundiais de futebol, Jugoslávia e Croácia.

«[Antic] conheceu-me no Real Madrid e estivemos juntos, mais tarde, em Oviedo. Depois de muitas lesões, acreditou tanto em mim que me deu as ‘chaves’ do meio-campo. Foi gentil comigo, sabia como apoiar-me», afirmou Prosinecki, em declarações ao Mozzart Sport, esta terça-feira.

Depois da passagem por Oviedo, Prosinecki revelou ter sido um dos pedidos de Antic ao presidente do Atlético de Madrid, Jesús Gil. Contudo, o internacional croata, de raízes germânicas, ainda tinha ligação ao Real Madrid, que recusou a possibilidade de este ir para o Atlético. No fim, rumou ao Barcelona e o Atlético, para reforçar o plantel, optou pela contratação do médio ofensivo Milinko Pantic, que seria uma das figuras da 'dobradinha'.

«É o futebol e a vida. Se tivesse ido para o Atlético, podia não ter havido essa 'dobradinha'. Resultou melhor para Antic com Milinko, eu fui para o Barcelona», lembrou, recordando Antic como «um homem de espírito alegre».