Giulia é, por estes dias, a adepta mais especial do Botafogo.

Filha do avançado Roger, a menina de onze anos foi protagonista de uma reportagem da «Globo», na semana passada. Cega de nascença, Giulia recebeu um quadro com relevo que reproduzia o golo que apurou o Botafogo para os quartos de final da Copa do Brasil, apontado pelo pai.

A reportagem teve enorme repercussão, no Botafogo e não só. Nesta segunda-feira, ao entrar em campo com o pai, antes do jogo com o Avaí, Giulia ouviu cerca de vinte mil adeptos a gritar o seu o nome, no Estádio Nilton Santos.

«Já sou botafoguense de coração, agora. Fiquei emocionada. Deu vontade de chorar um bocadinho porque foi muito lindo», disse Giulia.

Roger falou à SporTV e agradeceu um momento «extraordinário». «Senti-me muito amado. Por vezes as pessoas esquecem que, bom ou mau jogador, com qualidade ou demérito, também sou pai e marido. Algumas coisas marcam as nossas vidas. A atitude da torcida marcou a minha família, marcou a minha vida», afirmou.

O Botafogo acabou por perder o jogo, por dois a zero, mas o melhor momento da noite foi mesmo antes do apito inicial.