A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol, criada em julho deste ano para investigar acusações graves aos dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), reuniu esta quarta-feira para discutir o relatório oficial a apresentar ao Senado.

O primeiro documento, tido como oficial e redigido pelo senador Romero Juca, apresenta, segundo elementos da CPI, várias inconsistências, não fazendo qualquer referência a eventuais crimes cometidos no seio da CBF. Por essa razão, o senador Romário, antigo jogador e presidente da Comissão, e Randolfe Rodrigues assinaram um texto secundário, que será traduzido para inglês e enviado para a FIFA.

Nesse segundo documento, a CPI aponta crimes graves a dirigentes e ex-dirigentes da CBF, que vão de lavagem de dinheiro a crimes eleitorais.

Romário vai pedir ao Ministério Público Federal o indiciamento de Marco Polo del Nero, presidente da Confederação, bem como dos vices Gustavo Feijó e Marcus Vicente. A estes nomes, junta-se ainda o de Carlos Eugénio Lopes, diretor Jurídico.

Dos antigos dirigentes, destacam-se de entre os acusados Ricardo Teixeira e José Maria Marin, antigos presidentes da CBF.