Numa conversa informal com Christian Vieiri, o antigo futebolista brasileiro Ronaldo Fenómeno passou em revista a carreira e admitiu que desde cedo sentiu que era diferente dos restantes futebolistas.

«Tentei de tudo, desde criança vi que era mais forte que os outros. Os golos que marquei a ultrapassar três ou quatro jogadores? Não é algo que possa ser treinado. No futebol da nossa geração tínhamos uma preparação muito má, lembro-me que tínhamos que fazer seis ou sete quilómetros de corrida que eu não precisava porque era velocista, fazia 30-35 sprints por jogo, achava que tinha que chegar aos 40, mas não conseguia convencer os treinadores», recordou ao Bobo Tv, canal da plataforma Twitch de Vieri, antes de ser questionado sobre Leo Messi.

«Ele é extraordinário, tem velocidade e força física. Messi tem fome de golos, é bom fora de campo como toda esta geração, diferente de nós. Se tivéssemos a cabeça de Messi e [Cristiano] Ronaldo, poderíamos poderia ter o dobro dos golos», disse em tom de brincadeira.

O «Fenómeno», Bola de Ouro em 1997 e 2002, assumiu ainda o desejo de ver Neymar levantar o troféu de campeão do mundo com o Brasil e elegeu Karim Benzema como o avançado mais forte do mundo, seguido de Robert Lewandowski. «Haaland vai-se tornar muito forte, talvez até o número um, mas ele não tem a técnica dos dois.»

Ronaldo abordou ainda o tema da Superliga e admitiu que a competição «virá mais cedo ou mais tarde». «O futebol está sempre a evoluir, a melhorar, não sabemos onde vai parar. Os clubes de top querem cada vez mais dinheiro para pagar os jogadores que custam cada vez mais, é por isso que o a Super Liga não será como aquela que foi apresentada, porque foi um desastre, mas virá. Agora falta diálogo entre os dirigentes do futebol para melhorar a indústria do futebol, não entendo porque a FIFA, a UEFA e as diferentes ligas não discutem entre si.»