O Torpedo Moscovo não consegue afastar-se das polémicas com racismo. Depois de já ter tido o seu estádio interditado por cânticos racistas contra o brasileiro Hulk, pela exibição de simbolos nazis na bancada, e por ataques dos seus adeptos aos de adversários, desta feita é a contratação Erving Botaka-Yoboma,  jogador russo de origem congolesa a estar no centro da polémica.

Isto porque apesar de ter sido apresentado pelo clube onde já jogou o português Hugo Vieira, o jogador de 19 anos, que jogava na equipa B do Lokomotiv Moscovo, já não vai reforçar o Torpedo.

A contratação do jovem defesa motivou fortes protestos dos ultras do clube que exibiram uma faixa onde se lia uma inscrição racista - «Pode haver preto nas cores do clube mas só há brancos entre os adeptos» - e a verdade é que o clube cancelou a contratação, ainda que negue tê-lo feito devido à pressão dos adeptos.

«A transferência do jogador Erving Botaki para o clube foi cancelada devido à nossa política de não pagar por transferências de jogadores. Mais uma vez, reiteramos que a cor de pele nunca foi critério para escolhermos os jogoadores do clube. O racismo não tem o direito de existir», comunicou o clube.

Por seu turno, Alexander Zotov, presidente da associação de jogadores russos, condenou os protestos de «um grupo de idiotas», lamentando este tipo de ações, mesmo depois de a Rússia ter mostrado «melhorias visíveis durante o Mundial».