O presidente da liga italiana, Paolo Dal Pino, revelou esta quinta-feira, através de um comunicado publicado na página oficial da Serie A, na internet, que está em sintonia total com o Ministro do Desporto e o presidente da Federação italiana de Futebol (FIGC), sobre as condições de um reatamento das competições em Itália.
 
«Agradam-me muito as palavras do ministro [do Desporto], Spadafora, esta manhã e o apelo que fez. Da parte da Liga, houve e sempre haverá disponibilidade para um diálogo construtivo, na certeza de que o trabalho do Ministro do Desporto e o nosso próprio trabalho só podem visar um bem comum no seu sentido mais amplo. Este é um momento terrível para o país e para o mundo, e, unidos e a exemplo de todos os italianos, gostaríamos de voltar a trabalhar e viver as nossas vidas o mais rápido possível. (…)», começou por destacar Dal Pino.
 
«É natural que a Liga queira voltar a jogar futebol, e seria contra a natureza dizer o contrário. Uma profissão gosta sempre de continuar a fazê-lo. Se for possível fazê-lo, respeitando os padrões e protocolos de saúde, muito bem. Caso contrário, aceitaremos, de forma estrita, como sempre fizemos, as decisões do governo. O ministro pode ter certeza do nosso espírito construtivo e de colaboração e de que a minha harmonia com o presidente da FIGC, Gravina,  é absoluta», acrescentou ainda o dirigente máximo da Liga italiana.

A declaração de Paolo Dal Pino surge na sequência das palavras que o ministro do desporto de Itália, Vincenzo Spadafora, proferiu esta manhã, ao afirmar que o Comité Técnico-Científico estaria a analisar a fundo o protocolo a seguir para o reatar das competições desportivas no país. O governante alertou que caso não exista acordo para aprovar este protocolo o executivo de Roma dará por concluídas as provas profissionais.
 
O futebol, com um campeonato que, no escalão principal é comandado pela Juventus, do internacional português Cristiano Ronaldo, é o único desporto em Itália que pretende terminar a época, tentando assim evitar perdas de receitas que podem atingir os mil milhões de euros.

Nesta altura os campeonatos de futebol de França e Holanda foram cancelados, enquanto países como Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal preparam o regresso à competição.