Nos anos finais da sua carreira de futebolista, o uruguaio Darío Silva cruzou-se com o então jovem Sergio Ramos de 2003 a 2005 no Sevilha e revelou, agora, a necessidade de mentir ao defesa espanhol para protegê-lo da fama das saídas à noite, das mulheres e do álcool.

«Ele era jovem, eu saía à noite, só não queria que ele começasse dessa maneira, a ver a noite, álcool, mulheres, porque as mulheres são mais bonitas quando és famoso. Ele queria juntar-se a mim e eu dizia-lhe que não. “Não, não podemos sair, eu não vou sair.” Tinha de levá-lo a casa», afirmou Darío Silva, que então servia como um motorista para Ramos, quando este ainda não conduzia.

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Darío Silva, que trabalha numa pizzaria em Málaga e terminou a carreira em 2006, ano em que sofreria, já em setembro, um grave acidente de viação que obrigou à amputação de parte de uma perna, contou também como enganava Ramos após o deixar em casa.

«Ele controlava-me, eu via que ele me controlava, a ver se eu entrava para casa. Quando via que as luzes acendiam em casa dele eu sabia que ele tinha subido as escadas, então eu saia no meu carro. No outro dia ele via-me e dizia: “Que cheiro a álcool, vê-se que saíste à noite”. E eu: “Não, estava em casa e antes de sair tomei um copo. E enganei-o sempre. É um bom garoto, como eu digo», referiu o ex-jogador, agora com 47 anos, em declarações à Movistar+.