Emprestado ao Aucas, do Equador, pelo Nacional, Abreu ficou com o futuro por definir quando o clube de Montevideu, em dezembro passado, anunciou não estar interessado na renovação do contrato que termina no final deste mês. Demorou pouco a incerteza.
Nesta quarta-feira, o Sol de América anunciou a prenda do Dia de Reis para o que falta do Clausura do Paraguai.
REGALO POR REYES. El delantero Sebastián "loco" Abreu es nuevo jugador del Danzarín...bienvenido!! #FuerzaSol pic.twitter.com/7LcA0NbbyK
— Club Sol de América (@SoldeAmericapy)
6 janeiro 2016
Defensor e Nacional (Uruguai), San Lorenzo, River Plate e Rosário Central (Argentina), Deportivo e Real Sociedad (Espanha), Tecos, Cruz Azul, América, Dorados, Monterrey, San Luís e Tigres (México), Beitar Jerusalém (Israel), Aris (Grécia), Botafogo, Figueirense e Grêmio (Brasil) e Aucas (Equador) são os emblemas diferentes que El Loco já representou – alguns de forma repetida.
A estreia de Abreu pelo Sol de América dar-lhe-á o 21º clube do currículo, o que poderá ser um recorde; ou não? Já lá vamos. O internacional uruguaio (26 golos em 70 jogos pela seleção e um Copa América no currículo) tem um registo de 555 jogos por todos os clubes por onde passou, com 284 golos marcados.
Uma das questões do recorde reside ali. Não no número de golos marcados, mas no de jogos realizados – e não é pela quantidade. John Burridge não marcou qualquer golo durante a sua carreira – entre 1969 e 1997 (jogou ate aos 46 anos) –, pois jogou como guarda-redes. Quanto aos jogos realizados, essa questão não está totalmente clarificada...
Burridge tem 29 clubes no currículo. Mas não está claro que tenha jogado por todos – em cujos alguns só ficou alguns meses e passando por vários no mesmo ano. O que parece certo é que aquele que é tido como o jogador mais velho a atuar na Premier League (pelo Manchester City, aos 43 anos) não terá feito mais de 30 jogos depois de 1993 (quando deixou o Hibernian), pois, muitas vezes, era contratado como guarda-redes de recurso para um par de meses.
É assim que Burridge tem 17 clubes na folha de serviço depois de 1993 e o tal total de 29 clubes diferentes, sempre em Inglaterra ou na Escócia: Workington, Blackpool, Aston Villa, Southend United, Crustal Palace, Queens Park Rangers, Woverhampton, Derby County, Sheffield United, Southampton, Newcastle, Hibernian, Scarbrough, Lincoln City, Endield, Aberdeen, Dunfermline, Dumbarton, Falkirk, Manchester City, Witton Albion, Darlington, Grimsby Town, Gateshead, Northampton Town, Queen of the South, Purfleet e Blyth Spartans.
Dado o desconto da qualidade dos clubes de Burridge, não é certo que, mesmo assim, o guarda-redes tenha feito jogos por todos e o consenso entre os registos encontrados apontam para apenas 20 os emblemas que o guarda-redes representou mesmo em jogo... Se assim tiver mesmo sido, El Loco está mesmo à beira de se recordista.
No Sol de América, sexto classificado do Clausura do Paraguai, Abreu também já não aspirará a ganhar mais algum título para além dos três campeonatos do Uruguai, dois da argentina e uma Taça Mercosul que ganhou em outras épocas... Mas uma das características destes resistentes é que jogam e jogam e jogam...
Rivaldo representou 15 clubes. O internacional brasileiro que foi estrela do Barcelona e ganhou uma Liga dos Campeões pelo Milan acabou por passar pelo Bunyodkor do Uzbequistão ou pelo Kabuscorp de Angola. Nicolas Anelka chegou ao Munbai City da Índa para totalizar 12 clubes, já depois de ter passado pela China como campeão europeu de clubes pelo Real Madrid.
Andy Cole é outro vencedor da Liga dos Campeões – pelo Machester United – que ainda arranjou fôlego para mais sete emblemas depois de deixar Old Traford – somando também 12 clubes no currículo até chegar ao segundo escalão inglês. Mas não é preciso ser campeão europeu – como El Loco não foi (e muito menos Burridge) – para ter uma coleção de camisolas como estas em casa.
O último exemplo fica com Christian Vieri, reconhecido avançado que não tem tantos (ou tão importantes troféus como Rivaldo, Cole ou Anelka, mas que não deixou também – na sequência da sua eficácia no ataque – de marcar presença em 13 clubes diferentes.
No caso do italiano, a primeira metade da lista foi a rampa de lançamento. Depois de chegar à Juventus, Vieri não fugiu para campeonatos de segundo plano para continuar a jogar em tanto clube diferente: Prato, Torino, Pisa, Ravena, Veneza, Atalanta, Juventus, At. Madrid, Lazio, Inter, Milan, Monaco e Fiorentina.