O presidente da Federação suíça de futebol (ASF), Dominique Blanc, bem como o diretor técnico, Pier Tami, asseguraram esta quarta-feira que Murat Yakin vai continuar como selecionador da Suíça, na sequência da eliminação nos oitavos de final do Mundial 2022, com a pesada derrota ante Portugal, por 6-1.

«Analisaremos em detalhe o que se passou nas últimas semanas, mas tem um ano e três meses connosco e durante esse período qualificou a Suíça diretamente para o Mundial», disse Pier Tami, quando questionado se Murat Yakin teria de temer pelo cargo.

O diretor técnico da Federação helvética lembrou ainda que os seis pontos na fase de grupos traduzem-se num dos melhores resultados da história da seleção.

«Há muitas razões que explicam o jogo diante de Portugal e temos de fazer uma análise precisa. O nosso nível físico não esteve ao nível do nosso rival. Estamos dececionados, mas é justo destacar Portugal», referiu, ainda, Tami.

Murat Yakin tem vínculo para treinar a seleção da Suíça até 2024, ano de Europeu. O técnico voltou a abordar, esta quarta-feira, em conferência de imprensa, o jogo com Portugal, assumindo a responsabilidade e lamentando que a estratégia não tenha funcionado

«Não conseguimos pressionar. Os golos que sofremos não foram pela tática. Simplesmente não estivemos suficientemente frescos. Portugal tinha oito jogadores novos e isso notou-se», argumentou o selecionador suíço, que no final do jogo lamentou as «constipações» que afetaram a equipa, que não contou com Silvan Widmer, adoentado.

Também o presidente da ASF, Dominique Blanc, reconheceu a deceção, mas elogiou Portugal. «Não podemos esquecer que Portugal é um adversário duro. O que não nos mata torna-nos mais fortes. Agora, queremos concentrar-nos no apuramento para o Europeu», sublinhou o dirigente.

Diretor desportivo afasta possibilidade de surto de covid-19

Sobre a virose que Murat Yakin admitiu ter afetado a seleção, o diretor desportivo da Suíça atestou que alguns jogadores foram vítimas de «um vírus que circulava no hotel», mas que não se trata de covid-19, afastando assim possibilidade de surto.

Em conferência de imprensa, Tami disse que «não se tratou de uma questão de covid-19, mas sim um vírus que estava a circular no hotel». «Não todos, mas alguns jogadores apanharam», referiu.

«Estávamos conscientes de que existia um vírus no hotel e por isso fizemos recomendações à equipa. No início, não era um problema. Mas é claro que temos de analisar se podemos fazer as coisas de uma melhor forma no futuro», acrescentou Tami.