O Barcelona, o Real Madrid e a Juventus repudiaram esta quarta-feira o processo disciplinar aberto pela UEFA aos três clubes, devido ao projeto da Superliga Europeia, considerando «incompreensível» a tomada de posição do organismo que rege o futebol europeu.

«A abertura de um processo disciplinar por parte da UEFA é completamente incompreensível e viola diretamente o Estado de direito que democraticamente construímos como cidadãos da União Europeia. Além disso, constitui uma falta de respeito à autoridade dos próprios tribunais», referem os clubes, em comunicado divulgado primeiramente pelo Barcelona, a meio desta tarde.

Os clubes notaram ainda a sua «total rejeição à insistente coerção que a UEFA mantém com três das maiores instituições da história do futebol» e acrescenta que a atitude «é também alarmante, em flagrante incumprimento da decisão dos tribunais, que já se pronunciaram claramente, advertindo ao UEFA para abster-se de qualquer atuação contra os clubes da Superliga enquanto o processo judicial está em andamento».

A 18 de abril, 12 clubes anunciaram a criação da Superliga Europeia. Foram eles, além destes três, Chelsea, Manchester City, Arsenal, Manchester United, Tottenham, Liverpool, Inter de Milão, Milan e Atlético de Madrid.

Nos dias que se seguiram e na sequência de uma onda de indignação no futebol europeu, que envolveu também o repúdio de várias figuras ligadas ao futebol e adeptos dos clubes em causa, estes nove clubes antes enumerados decidiram abandonar o projeto, que se mantém, de momento, com Barcelona, Real Madrid e Juventus.

Na terça-feira, e na sequência de uma investigação disciplinar conduzida por inspetores da Ética e Disciplina da UEFA, o organismo presidido por Aleksander Ceferin abriu um processo disciplinar aos três emblemas.