Nico Gaitán foi apresentado esta terça-feira como reforço do Atlético Madrid. Nas primeiras palavras enquanto jogador dos colchoneros, o extremo argentino disse que a insistência do clube foi decisiva para a saída do Benfica.

«Quero agradecer ao Atlético, sei que estavam há alguns anos interessados em mim e esse foi um dos motivos que me levou a vir para aqui, a confiança que depositaram em mim»

«Porque demorei a vir? Muitas vezes por não haver acordo entre os clubes. No ano passado também queria vir, mas não se chegou a acordo e depois já não dependia de mim. Mas não fiquei triste. Hoje estou muito contente por estar aqui»

«Já na seleção, com os meus companheiros, perguntava coisas sobre o clube. Quando um treinador insiste em ter-te é importante. Foi uma decisão difícil, estive seis anos no Benfica e sentia-me cómodo lá, mas agora quero dar o meu melhor aqui como fiz no Benfica», começou por referir Gaitán.

Pelo meio, o extremo recordou ainda a noite em que marcou ao Atlético de Madrid pelo Benfica, no Vicente Calderón, e comparou ambos os clubes em termos do apoio dos adeptos.

Gaitán indicou aquilo que pode trazer ao jogo dos colchoneros e destacou as diferenças entre o campeonato português e o espanhol, admitindo que poderá sentir dificuldades em termos de capacidade física.

«Não gosto falar do meu estilo de jogo. Vou trazer organização tática que aprendi muito em Portugal, jogar em equipa, e espero ganhar o meu lugar para ajudar os meus colegas. Ainda não falei com Simeone, acabei de chegar de Buenos Aires, mas de certeza falarei com ele no primeiro treino sobre as posições, e vou tratar de me adaptar às exigências do treinador»

«Em Portugal não estamos acostumados a um futebol mais físico, era mais com a bola e correr menos, sinceramente não sei como me vou encontrar. Mas tenho de me adaptar, até em termos físicos, e espero estar à altura», frisou, recordando também os seis anos que passou de águia ao peito.

«As recordações são muito bonitas. Foram seis anos em que conhecei gente muito boa, com grande coração, que me trataram muito bem. Portugal acarinhou-me muito, não apenas as pessoas do Benfica, fizeram-me sentir o carinho e isso é algo impagável. Os feitos desportivos foram dez títulos conseguidos, algo que não nunca pensei quando cheguei.»

O presidente do Atlético Madrid enalteceu a chegada de um «desequilibrador», que ajudará a equipa a melhorar.

«Chega um avançado de extraordinário talento que chega aso 28 anos na sua melhor fase da carreira. Com Nico podemos ter um desequilibrador e que torna melhor os seus companheiros. Traz experiência, qualidade e esforço. Estamos certos de que nos tornaremos melhores com ele», sublinhou Enrique Cerezo.