Hakan Sükür é um nome forte do futebol europeu da década de 90 e do início do milénio. Internacional turco, passou por equipas como o Galatasaray, o Inter, o Parma e o Blackburn Rovers. Agora, aos 47 anos, tem uma pastelaria em Palo Alto, Califórnia, Estados Unidos, e não sabe quando poderá regressar a casa.

Sükür foi por exemplo um dos heróis da Turquia no Mundial 2002, em que a seleção turca só caiu na meia-final. Depois de terminar a carreira, enveredou na política e chegou a trabalhar no Parlamento do seu país.

No entanto, foi contra o regime autoritário do presidente Recep Tayyip Erdogan e acabou visto quase como um inimigo dentro da sua própria nação. Mudou-se depois para os Estados Unidos em 2015, onde abriu uma pastelaria e espera que a «escuridão não dure para sempre», segundo relata ao New York Times, que fez uma longa reportagem com ele.

«[A Turquia] é o meu país, eu amor o meu povo, mesmo que as suas ideias sobre mim sejam distorcidas pela comunicação controlada. Talvez no futuro a gente vá lá [Sükür e família] e visite», disse o antigo jogador.

«Eu teria vivido uma vida muito bem e tinha-me tornado ministro se tivesse feito o que eles [governo turco] dizem, mas agora vendo café», prosseguiu.

Apesar da situação crítica, Sükür não perde a esperança: «Acredito que um dia a luz voltará. A escuridão não dura para sempre.»

Apesar de estar longe de casa, o ex-goleador continua a jogar futebol, numa equipa amadora composta por trabalhadores na zona. Relata o New York Times que ainda no último jogo, Sükür fez 11 dos 15 golos da sua equipa.