Os jogadores brasileiros do Shakhtar Donetsk e do Dínamo Kiev conseguiram sair da Ucrânia, país que foi invadido pela Rússia, na última segunda-feira graças à intervenção conjunta da UEFA e dos presidentes da Federações ucraniana e moldava de futebol.

Ora, o diretor do futebol do emblema de Donetsk, Srna, explicou o papel preponderante de Ceferin para que os futebolistas conseguissem atravessar a fronteira para a Moldávia e depois para a Roménia. 

«Quando ouvi a primeira sirene, recuei 25/30 anos no tempo para a guerra dos Balcãs. Éramos 50 no hotel: estavam os jogadores brasileiros com as suas famílias, a equipa técnica italiana do De Zerbi e três croatas. Exceto as embaixadas de Israel e de Portugal, ninguém apresentou algo concreto. Os jogadores estavam desesperados», começou por dizer ao jornal esloveno Delo. 

«Liguei ao senhor Ceferin e chorei ao telefone. Não podia ver os jogadores e as suas famílias indefesos e em lágrimas. Foi a sua maior vitória. É um grande homem e o maior embaixador do futebol. Os brasileiros e os italianos já estão em casa», acrescentou o ex-internacional croata. 

Recorde-se que jogadores brasileiros e os familiares saíram de Kiev no domingo, apanhando um comboio até à cidade de Chernivtsi, no oeste ucraniano. Depois, seguiram de autocarro para a Moldávia e mais tarde para a Roménia, com proteção garantida pela UEFA e pela Federação Ucraniana de Futebol.