O presidente da UEFA Aleksander Ceferin considera que o primeiro-ministro britânico Boris Johnson teve um papel determinante na dissuasão dos clubes ingleses para abandonarem o projeto da Superliga Europeia.

«Segundo os jornais ingleses, a chamada dele [Boris Johnson] foi mortífera. Disse aos proprietários dos clubes ingleses que podiam incorrer num grande imposto de luxo e, devido ao Brexit, complicar os procedimentos de emissão de vistos de residência para jogadores estrangeiros em Inglaterra», começou por contar Ceferin em entrevista ao canal esloveno 24ur.

O máximo representante do futebol europeu destaca ainda a forma célere e eficaz como atuou o primeiro-ministro britânico. «Ele sabe que os cidadãos das camadas socioeconómicas mais baixas passam por dificuldades e gastam, por vezes, as últimas poupanças em jogos de futebol, que é a paixão e o escape deles, faz parte da cultura europeia e da sua história. A reação pareceu-me muito lógica. Estivemos em contacto e também falei com o gabinete dele. Reponderam de forma excelente, tenho de admitir que fiquei impressionado com a eficácia. Disponibilizaram-se de imediato para tornarem público o que fosse necessário. A reação do Governo britânico ajudou bastante», referiu ainda o presidente da UEFA.