O presidente da UEFA Aleksander Seferin qualificou o atual modelo do Campeonato da Europa, disputado em onze países, como «injusto» para os adeptos e desequilibrado para as seleções, garantindo que não tenciona repetir um modelo semelhante no futuro.

A verdade é que as seleções tiveram desafios bem diferentes. A Suíça, por exemplo, teve de viajar mais de 15,485 quilómetros, enquanto a Escócia cumpriu apenas 1,108 quilómetros. «Não vou apoiar este modelo no futuro. De certo modo, não é correto que algumas equipas tenham tido de fazer mais de 10 mil quilómetros e outras apenas mil», destacou o dirigente esloveno em declarações à BBC.

Além da diferença de quilómetros entre as seleções, Ceferin também considera «injusto» para os adeptos. «Não é justo para quem tenha de estar em Roma um dia e depois em Baku poucos dias depois, é um voo de quatro horas e meia», comentou.

A nível de logística, o atual modelo representou um enorme desafio para a UEFA. «Tivemos de viajar muito, para países com jurisdições diferentes, moedas diferentes, países da União Europeia e países fora da União Europeia, portanto não foi fácil», destacou.

O presidente da UEFA considera que o conceito até era «interessante», mas não tenciona repeti-lo. «Foi um formato que já estava decidido antes de eu chegar e respeito-o. É uma ideia interessante, mas é tão difícil de implementar que penso que não vamos repetir», acrescentou.

Recordamos que o Euro2020 foi disputado em onze cidades: Londres, Glasgow, Amsterdão, Copenhaga, São Petersburgo, Sevilha, Munique, Baku, Rome, Bucareste e Budapeste.