O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, deixou no ar a possibilidade de mudanças no calendário e falou da hipótese de uma Liga das Nações global, reunindo seleções de países de diferenças confederações em competições oficiais.

«Acho lógico que as grandes federações queiram jogar mais jogos entre si. Uma Liga das Nações global é uma possibilidade que está a ser falada com a FIFA. Poderia disputar-se não só dentro da UEFA, mas também com outras confederações», afirmou Ceferin, esta quinta-feira, no fórum ‘Negócio do Futebol’, organizado em Londres, pelo Financial Times.

Criticando mais uma vez a possibilidade de haver Mundial de futebol de dois em dois anos, frisando que «ninguém o quer», o dirigente esloveno de 54 anos disse ainda que as mudanças na Liga dos Campeões a partir de 2024, não estão relacionadas com os movimentos de tentativa de criação da Superliga Europeia.

«É algo completamente diferente. Continuamos a trabalhar com a Associação Europeia de Clubes (ECA) para encontrar uma solução para tudo. O calendário está sobrecarregado e os futebolistas sofrem. As equipas querem jogar muitos jogos. Não é uma questão da UEFA, é do futebol em geral. Preocupa-nos. Estamos a comparar o projeto da Superliga com as mudanças da FIFA. Para a Superliga, os adeptos são consumidores. Para a UEFA, são o mais importante», vincou.

«Falar da Superliga não é falar de futebol. Não é um projeto de futebol. Não era lógico aparecer algo assim, no meio da pandemia. A UEFA tentou ajudar os futebolistas e as equipas numa situação terrível como a pandemia. Para nós, o futebol e os futebolistas são para os adeptos. Nada de Superliga, nem de competições fora das normas do futebol. Usaram a pandemia e agora a guerra. Os clubes são livres para criar o seu próprio torneio, mas que não esperem competir nos da UEFA. Estou cansado deste projeto futebolístico», referiu, ainda.