O árbitro russo Alexei Matyunin foi, esta sexta-feira, ilibado, pelo Comité de Ética da União Russa de Futebol, das acusações de racismo contra o avançado do brasileiro Hulk, de 28 anos, que representou o FC Porto entre 2008 e 2012.

O incidente remonta ao passado dia 29 de novembro de 2014, aquando da derrota do Zenit de André Villas-Boas frente ao Mordovia Saransk (1-0). No final da partida, o «Incrível» apontou o dedo ao chefe da equipa de arbitragem acusando-o de o ter insultado em inglês no decorrer do encontro.

«O que aconteceu foi um sério conflito pessoal», pronunciou-se o presidente do organismo, Vladimir Lukin, reforçando não «existem provas diretas de um comportamento racista por parte do árbitro».

Para a posição assumida pelo comité russo, terão contribuído a ausência de testemunhas que tenha presenciado o incidente bem como a posição do árbitro que recusou ter proferido qualquer comentário racista.

Veja  AQUI a posição do árbitro Alexei Matyunin

«Não é possível aferir exatamente o que árbitro disse a Hulk», sublinhou Lukin em comunicado, avisando, contudo, que no futuro o árbitro deverá «manter-se exclusivamente no papel de árbitro, zelando pelos princípios de fair-play e comportando-se respeitosamente perante todos os participantes na competição». 

Já relativamente ao internacional brasileiro, o Comité recordou que os jogadores não se devem enviolver em qualquer tipo de discussões com os árbitros.

Matyunin já tinha sido banido por um ano, em 2011, por, alegadamente, ter proferido injúrias raciais quando falava com um jogador natural da região Norte do Cáucaso. A decisão foi, mais tarde, anulada devido a recurso.