Fiel ao estilo habitual, Zlatan Ibrahimovic respondeu de forma desarmante a um inquérito da UEFA. Desde logo quando o compararam a Benjamin Button, a personagem que rejuvenescia com o passar dos anos, desempenhada no cinema por Brad Pitt.

«Eu estou a envelhecer melhor. Sou a prova viva. O Benjamin Button é ficção, eu sou o perfil perfeito para o filme. Eu faço a história verdadeira e o Benjamin Button é um filme», respondeu o avançado sueco do Milan.

Ainda dentro da questão da idade, perguntaram a Ibrahimovic quem é que ia chegar aos 50 anos ainda a jogar: ele ou Gianluigi Buffon?

«O Buffon. Para ele é fácil, só tem de ficar parado e defender bolas. Eu tenho de me movimentar, tenho de criar, tenho de conseguir rematar, lutar com os defesas. Por isso é provável que ele consiga jogar mais tempo, mas eu vou dificultar-lhe a tarefa», respondeu Ibra.

«Não vejo muitos jogadores a chegar à idade que eu tenho e a jogar desta forma. Normalmente é aos 30 anos que os jogadores começam a quebrar e a deixar o futebol. Eu fiquei melhor depois dos 30. Oiço atletas americanos a dizer que gastam milhões de dólares para manter o corpo em forma. Eu tenho 39 anos e estou em forma, a jogar ao mais alto nível. Gasto zero para manter-me em forma. O segredo não está no que gastas, está na tua cabeça: quanto o queres, quanto estás disposto a sacrificar-te», referiu ainda o jogador do Milan.

Zlatan foi também questionado se seria ele ou Lionel Messi a assumir os penáltis numa equipa de sonho que juntasse os dois: «Eu. A 100 por cento, pois sou o capitão. Eu marcava os primeiros três, depois deixava um para ele, e depois marcava os três seguintes, e por aí fora...»

Comparado com David Beckham a propósito das tatuagens, Ibrahimovic lembrou que só tem na parte de trás do corpo, e justificou: «Assim não as vejo e não me farto delas. Mas penso que já parei com as tatuagens, pois nas costas já não tenho espaço e nas pernas não toco, são as minhas dádivas».

O sueco tem um palmarés invejável, mas a UEFA lançou a comparação com o amigo Maxwell, e aí Zlatan teve de dar o braço a torcer: «Ele tem uma que eu não tenho, que é a Liga dos Campeões. É a única diferença. Ganhámos muitos troféus juntos. É o meu melhor amigo no futebol, e sinto-me feliz e orgulhoso por partilhar essa alegria com ele. É uma pessoa incrível, e tem muita paciência por aturar-me. É um grande atributo.»