Morreu o adepto mais mediático da seleção brasileira. Clóvis Acosta Fernandes, mais conhecido como o «Gaúcho da Copa», era figura habitual nos jogos do escrete, com presença em sete Campeonatos do Mundo consecutivos, sempre vestido a rigor, de verde e amarelo, bigodes bem escovados e com uma réplica da Taça do Campeonato do Mundo na mão. Morreu nesta quarta-feira, aos 60 anos, em Porto Alegre, depois de uma luta de nove anos contra um cancro.

Começou a acompanhar a seleção do Brasil no Itália-90, há 25 anos, mas foi em 2002, no Mundial do Japão e Coreia do Sul, em que o escrete chegou ao título sob o comando de Luiz Felipe Scolari, que o Gaúcho da Copa ganhou notoriedade, com uma série de aparições televisivas que o tornaram numa espécie de «talismã» no ataque ao «Penta».

Como não podia deixar de ser, apesar de já estar debilitado, Clóvis ainda marcou presença no Mundial-2014, realizado no Brasil, chegando a tirar fotografias com as mulheres de Götze e Schürrle na véspera da final entre a Alemanha e a Argentina. «Escolheu morrer um dia após o aniversário do Grémio e na semana Farroupilha (festa gaúcha). Ele era gremista fanático», contou o filho Frank Damasceno Fernandes numa entrevista à Rádio Gaúcha.

Além dos Campeonatos do Mundo, Gaúcho da Copa também acompanhava a seleção brasileira nas Copas Américas, Taça das Confederações e Jogos Olímpicos, percorrendo mais de sessenta países para assistir a mais de 150 jogos. Um desaparecimento que se vai fazer notar nos próximos jogos do escrete.