Se não fosse o futebol, o futuro de Felipe Melo não seria brilhante. Pelo menos, a fazer fé na confissão do médio do Inter de Milão ao canal Sky Sports italiano, onde falou das origens e de como o futebol foi determinante para fugir a uma vida ligada ao crime, um destino comum na favela onde cresceu, em São Gonçalo, arredores do Rio de Janeiro.

«Se não fosse futebolista, teria sido assassino. Vivia numa das favelas mais perigosas da periferia do Rio de Janeiro, onde havia droga e armas. Por vezes, saia para treinar e quando regressava um amigo meu tinha sido morto. Tinha de dizer sim ao futebol ou a uma vida má», revelou o internacional brasileiro de 32 anos, que, no entanto, teve de usar esta tarde as redes sociais para esclarecer estas afirmações polémicas.

«Sei que algumas pessoas devem ter ficado chocadas com minha declaração, mas o que quis dizer era que se não fosse jogador poderia ter enveredado pelo mundo do crime, pois as boas oportunidades de vida numa comunidade de São Gonçalo, onde eu morava quando jogava no Flamengo, não são muitas. Mas nunca teria coragem de matar alguém. Assassino, certamente não seria (...) Sou de uma família cristã e tenho Deus no coração», escreveu o jogador na sua página de Facebook, respondendo em seguida no Twitter com bom humor a alguns fãs: «A única coisa que matei até hoje foi aula...»