Daniel Podence foi um dos jogadores do Sporting que rescindiram após a invasão à Academia de Alcochete. O avançado mudou-se para o Olympiakos, tendo os gregos chegado a acordo com os leões e pago sete milhões de euros pelo jogador.

Em entrevista ao jornal grego Gazzetta, Podence não quis falar sobre o incidente, mas abordou o acordo entre os dois clubes.

«Foi um alívio. Desde o primeiro momento, tudo o que eu queria era ir para longe de Lisboa, mas ao mesmo tempo também queria dar algo ao Sporting pelo que fizeram por mim desde início. Assim que fiquei a saber que a disputa judicial poderia terminar com o Sporting a receber uma quantia, disse logo que sim», disse o avançado.

«O Olympiakos fez muito por mim ao ajudar-me neste caso», acrescentou, falando também sobre a relação com Pedro Martins.

«É um grande treinador. Parte de quem eu sou hoje foi construída por ele. A forma como ele prepara os jogos de forma tática e como prepara os jogadores mentalmente é algo diferente. Ele não se esquece de nada. Isso dá liberdade ao jogador e ao mesmo tempo responsabilidade», afirmou.

Podence recordou ainda a infância e contra que cresceu numa família maioritariamente benfiquista e que ele próprio era adepto do clube encarnado.

«Na minha família, sobretudo os meus irmãos e primos são adeptos do Benfica. E eu, antes dos 8, 9 anos, quando fui para o Sporting, apoiava o Benfica, por causa deles. Com o tempo, porém, vestindo as cores do Sporting e representando os seus valores, tornei-me facilmente adepto do Sporting. E creio que o serei para sempre.»

Podence é agora jogador do Wolverhampton e, a quem duvidava que podia sair-se bem na Premier League, deixou uma promessa: «Esperem que eu ainda agora comecei.»

O avançado admite que não será fácil, mas diz que ainda tem esperança de representar Portugal no Europeu: «Tive duas lesões graves esta temporada que diminuem as minhas hipóteses, mas ainda acredito que posso ser convocado.»