Carlos Queiroz, selecionador do Irão, admitiu estar a ponderar terminar a carreira após a participação da sua equipa no Mundial2018.

«Já são 36 anos. Impõe-se que faça uma reflexão», começou por dizer, aos microfones da Antena 1.

Queiroz reforçou ainda que cumpriu, no essencial, os objetivos a que se propôs.

«Persegui o objetivo de conseguir quatro qualificações para campeonatos do mundo por seleções diferentes. Valeu a pena alguns sacrifícios», afirmou, em alusão às qualificações das seleções da África do Sul em 2002, Portugal em 2010, e Irão nas últimas duas edições (2014 e 2018).

O técnico português de 64 anos deixou ainda algumas críticas às entidades que tutelam o futebol iraniano, considerando que o desporto continuará a «estagnar».

«Existe paixão, qualidade mas não há vontade e determinação das autoridades para levarem o futebol para a frente e assim será difícil. País, adeptos e jogadores mereciam muito mais. Assim o futebol no Irão continuará a estagnar», vaticinou.

Por último, Queiroz aproveitou esta entrevista para fazer uma antevisão da participação de Portugal na prova que terá lugar na Rússia no próximo verão.

«Quando se é campeão da Europa temos por obrigação pensar que só nos podemos apresentar no Mundial como um forte candidato a alcançar um dos três primeiros lugares… e que a vitória no Europeu não foi uma coincidência», concluiu.

Queiroz recorde-se, trabalhou nas seleções jovens nacionais e na seleção principal, para além de ter desempenhado funções como adjunto de Alex Ferguson. Foi ainda treinador do Sporting e Real Madrid.