O irlandês Derek Malone, medalha de bronze em Atenas 2004, foi excluído dos Jogos Paralímpicos de Pequim depois de os juízes terem considerado que «não demonstrou incapacidade suficiente para a prática da modalidade» no jogo inaugural de futebol-sete, que a Irlanda perdeu por 2-4 frente ao Irão na segunda-feira.
O atleta de 28 anos sente-se «triste e desapontado», pois a sua condição não é mais do que um reflexo do árduo trabalho realizado para controlar a doença. «A paralisia cerebral aceita muito bem o treino, mas se pararmos de treinar por indeterminado período de tempo os sintomas regressam, não há cura. Isto é ridículo. A alta competição passa por tentarmos superar-nos. Como podemos ter um sistema que penaliza os atletas que trabalham arduamente para desenvolver as suas capacidades», defendeu Derek Malone, esta quinta-feira, em conferência de imprensa.
«Como pode alguém duvidar que a minha paralisia cerebral não afecta a prática desportiva? Toda a minha carreira tem sido uma batalha contra os sintomas», questionou, ainda, Derek Malone.
Ucrânia, Brasil e Holanda uniram-se à Irlanda na contestação, por considerarem que o processo «não foi transparente» e aplicado de «igual modo a todas as nações».