Depois de Bjork, dos Sigur Rós e do vulcão Eyjafjallajoekull, recentemente a Islândia mostrou ao mundo uma nova face. Não tem acordes melodiosos, mas ganhou fãs em todo o mundo. Não afecta o trânsito aéreo europeu, mas espalhou-se rapidamente. A ponto de se tornar referência na mais atípica das matérias: as celebrações de golo. A modesta equipa do Stjarnan, a quem não se conhece qualquer mérito desportivo, saltou para as bocas do mundo pelas inovações na hora de celebrar um golo. Semana após semana, o mundo aplaudia nova performance.

Agora, com o campeonato parado, o tempo é de preparar novos festejos. Antes disso, uma pausa para aplaudir a pátria mãe. A Islândia enfrenta Portugal esta terça-feira e o Maisfutebol decidiu antever o jogo com a ajuda do olho brincalhão do Stranjan. Jóhann Laxdal, foi o porta-voz, da atmosfera que se vive na ilha.

«O ambiente cá na Islândia está muito bom. Anda toda a gente entusiasmada com este jogo. Não é todos os dias que se joga contra uma equipa como Portugal, das melhores do mundo, e com um dos melhores jogadores do mundo, o Ronaldo. Eu próprio tentei ir ao estádio, mas esgotaram os bilhetes. Vai estar casa cheia e vou ter de ver em casa», contou Laxdal ao nosso jornal.

O entusiasmo é que não se traduz em confiança. Por um motivo, de resto, pouco habitual. Laxdal entende que a Islândia tem poucas hipóteses de vencer...porque cedeu jogadores importantes aos sub-21. «Não estou optimista. Os jogadores que estão nos sub-21 podiam fazer a diferença e não vão jogar. E, claro, Portugal é uma equipa muito forte, tem um treinador novo e estão moralizados», recordou

Pode parecer estranho mas explica-se a preferência pelos sub-21 em detrimento da selecção principal. A jovem equipa está à beira de conseguir um feito inédito: apurar-se para o Europeu da categoria. Basta um empate na Escócia, depois da vitória conseguida por 2-1, na primeira-mão do «playoff». «Até a imprensa cá está mais preocupada com os sub-21», frisa

«Vençam e deixem os festejos para nós...»

E no campo das celebrações, onde o Stjarnan é especialista, poderá haver algo a inovar? Jóhann Laxdal ri-se antes de explicar novo pessimismo. «Não creio que alguém tente fazer alguma coisa neste jogo. Espero que a Islândia vença, mas é melhor deixarem as celebrações para nós. Isso é para o Stjarnan...», atira.

O jovem lateral nunca foi chamado à selecção do seu país, um sonho que vai alimentando com o trabalho diário. Mas deixa a receita para uma vitória: «Entrega total ao jogo. Para vencer não se pode desistir nunca de nenhum lance, lutar o tempo todo.»

Recorde as celebrações do Stjarnan:

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