O AC Milan pode ser dos maiores clubes do mundo mas também anda preocupado com a crise. Silvio Berlusconi, presidente dos rossoneri, quer cortes de 30% nas despesas e a diminuição dos salários do futebol profissional de 120 milhões de euros por época, para 80/85 milhões.
Segundo o jornal «Gazzeta dello Sport», Berlusconi já avisou Galliani para renegociar os contratos dos futebolistas mais velhos (e dos menos utilizados) e apertar o cinto no que diz respeito às transferências. Dida, guarda-redes suplente, a auferir cerca de 4 milhões/ano, o lateral italiano Favalli, o brasileiro Emerson e o sub-capitão Ambrosini são citados como estando na mira das reduções salariais ou perto da porta de saída.
O maior «problema» é mesmo Kaká, com um ordenado de 9 milhões anuais. O Milan tem-no rotulado de inegociável, mas circulam em Itália informações contraditórias. Berlusconi estaria agora em disposição de vender a sua maior estrela, sem resistir a propostas verdadeiramente tentadoras, para aliviar a folha de despesas. O Manchester City e o Real Madrid agradeciam, mas a «Agência Ansa» avança que Kaká até nem se importava de ceder nas suas regalias para se manter em Milão.
Quanto a transferências, é público que os milaneses desejam manter Beckham (e os LA Galaxy quer ser devidamente ressarcido) e querem segurar a defesa, prestes a perder o símbolo Maldini. O alvo preferencial, o dinamarquês Daniel Agger, está avaliado em pouco mais de 8 milhões, o que não facilita a transferência nesta conjuntura.
O Milan é, na companhia do seu rival Inter, o clube italiano com maiores despesas salariais.