Silvio Berlusconi morreu esta segunda-feira aos 86 anos.
Atual presidente do Monza, Berlusconi estava internado desde sexta-feira, em San Raffaele. De acordo com a imprensa transalpina, havia dado entrada no hospital para fazer exames de rotina relacionados com a leucemia mielomonocítica crónica da qual sofria.
Uma das principais figuras em Itália das últimas décadas, Silvio Berlusconi foi primeiro-ministro em quatro ocasiões: no total, esteve nove anos no cargo. Recentemente, diga-se, foi ainda eurodeputado pela Forza Italia, partido político que ele próprio fundou.
Empresário, Berlusconi era o dono da Mediaset, uma grande empresa de comunicação.
No desporto, Silvio Berlusconi era o atual presidente do Monza, depois de 31 anos à frente do Milan. Em 2017, e 29 títulos depois, vendeu o clube rossonero a um consórcio chinês.
Ao mesmo tempo, o empresário e político – muitas vezes associado à extrema direita – sempre foi uma figura polémica e com problemas na justiça. Em 2013, foi condenado a sete anos de prisão, acusado de ter remunerado os serviços sexuais de uma menor de idade, mas ilibado dois anos depois. O Supremo Tribunal italiano considerou que Berlusconi não tinha como saber a idade da jovem.
No entanto, ainda em 2015, surgiu nova condenação, desta vez de três anos de prisão, por corrupção. A pena nunca foi aplicada porque o crime prescreveu nesse mesmo ano. Em 2022, a procuradoria de Milão considerou que Berlusconi tinha «escravas sexuais» nas festas, conhecidas por «Bunga Bunga» que organizava com jovens mulheres. Foi depois absolvido da acusação de tentar silenciar essas mesmas mulheres.