Gennaro Gattuso tem como meta no AC Milan descolar da imagem que as pessoas têm dele devido ao passado como jogador. O antigo médio, famoso pela abnegação inigualável em campo, diz que é bastante diferente como treinador, porque a missão assim o exige.

«Sei que a imagem que têm de mim é de uma pessoa de raça, mas é muito pouco agora falarem das minhas características como jogador. Eu formei-me como treinador e não me deram o diploma de prenda. Os jogos não se preparam só com raça e vontade», afirmou o novo timoneiro do Milan, na sua apresentação.

Gattuso estreou-se como treinador nos suíços do Sion, na época 2012/13, a mesma em que deixou de jogar. Depois passou por Palermo, OFI Creta e Pisa, antes de assumir os juniores do Milan, este ano, de onde deu o salto para substituir Vincenzo Montella.

«Estive fora destes portões quatro anos. Quando passo por eles é como voltar ao paraíso. Andei pela Europa, em equipas menores, que mal têm um campo para treinar. Sinto muita adrenalina por estar aqui, para mim é um privilégio», assumiu.

Sobre a equipa do Milan, Gattuso defende que é preciso acelerar mais o jogo na frente, prometendo jogar com três defesas e, pelo menos, quatro médios. «Depois na frente vai depender das condições e características dos jogadores», explicou.

O novo treinador do português André Silva diz que o Milan «precisa transformar-se numa equipa». «Entrar em campo como uma equipa, saber sofrer, saber cobrir bem os espaços. Ter espírito de luta», defendeu.

Por fim, o novo treinador do Milan garante não olhar para já para a classificação mas diz que o próximo jogo, frente ao lanterna vermelha Benevento, no domingo, «é como a final do Mundial».