No lançamento do jogo com a Udinese e ainda na ressaca da derrota com o Verona, José Mourinho procurou retirar a pressão sobre a sua equipa, dizendo que a Roma «não é candidata a nada», a não ser ganhar o próximo jogo.

«Perdemos um jogo, não jogámos bem. Mas esse jogo já foi analisado tendo em conta o futuro e não o passado. A derrota já é passado», começou por dizer na antevisão do jogo da 6.ª jornada da Série A marcado para esta quinta-feira.

O treinador português considera que a equipa não pode ir da euforia gerada pelo bom arranque da temporada à depressão por causa de um mau resultado. «É muito fácil passar da euforia à depressão, não quero entrar nesta dinâmica. Só me viram eufórico por dois minutos em dois meses, num jogo especial para mim como foi o de Sassuolo [jogo mil da carreira], mas de resto estive sempre tranquilo, equilibrado, consciente que esta equipa no ano passado ficou a 29 pontos do Inter campeão de Itália», prosseguiu.

O desaire com o Verona já é passado, mas o treinador não deixou de voltar ao jogo. «Em Verona, talvez tenha sido demasiado honesto, admitindo que jogámos mal tanto a defender, como a atacar. Não deu para marcar três golos, mas quando marcas dois fora de casa tens que ganhar, nem podes pensar em empatar. Talvez pudesse dizer que o árbitro não deveria ter dado aquele amarelo ao Veretout que passou a jogar limitado, ou falar do relvado e da chuva. Em vez disso, fui honesto», confidenciou.

Apesar de tudo, Mourinho diz que tem a equipa preparada para a Udinese: «Estamos tristes, mas equilibrados. Vim aqui para ajudar com meu nível de experiência e maturidade para trazer equilíbrio. Também para não nos deixarmos levar pela euforia após três vitórias e não por trinta e depressão após uma ou duas derrotas. Não somos candidatos a nada, apenas a vencer o próximo jogo. Temos de trabalhar mais, caso contrário o clube tinha-me dado um contrato de três meses, não de três anos. Em três meses, é complicado desenvolver uma equipa».

«É preciso manter sempre um nível de estabilidade. A época não é uma autoestrada, é uma estrada cheia de curvas, onde devemos sempre guiar com concentração. Talvez seja uma autoestrada para equipas como o PSG ou o Bayern, que vencem todos os jogos. Para nós não. Mas vamos com calma», concluiu o treinador português.