Após os confrontos que terminaram com uma vítima mortal e do episódio de racismo com Koulibaly no Inter-Nápoles, da última quarta-feira, o treinador do Inter de Milão, Luciano Spalletti, condenou esta sexta-feira o ódio generalizado no futebol, pedindo o fim do mesmo e deixando uma palavra de força ao jogador do Nápoles.

«A minha posição é de condenar. Chegou a hora de dizer basta a coros racistas e discriminatórios. Basta de assobiar um jogador ou um treinador durante os 90 minutos. Basta de ódio no futebol em geral. Isto é o ponto chave», referiu Spalletti, na antevisão ao encontro com o Empoli.

Sobre Koulibaly, jogador do Nápoles expulso em San Siro e alvo de palavras com cariz racista, o técnico do Inter saiu em defesa do futebolista.

«Já aconteceram muitos episódios. Lamentamos pelo Koulibaly, estamos com ele e dissemos-lhe»

«O resultado do jogo não tem nada a ver com os episódios que aconteceram. Sentimo-nos obrigados a demonstrar como pensamos a longo prazo, não apenas por um gesto no presente. As coisas não mudam com um gesto. Mudam com o compromisso diário», apontou, ainda.

Na sequência dos episódios do jogo a meio da semana, o Inter foi punido com dois jogos à porta fechada. Spalletti lamenta a ausência de público, mas aceita, se isso contribui para a melhoria do futebol.

«O desagrado de não jogar diante do nosso público é grande. Mas, se pode servir para combater esta batalha, aceitamo-lo voluntariosamente. É correto ter um comportamento diferente, queremos viver os jogos num contexto diferente», frisou.

O técnico anunciou ainda que o médio Radja Nainggolan já está fisicamente apto e vai ser reavaliado em definitivo na sua condição no treino desta sexta-feira.