Ivan Santos apareceu no Boavista sobre o final da época, mas ainda a tempo de se evidenciar. Deu nas vistas ao ponto de agora se transferir para o Benfica: trata-se de um extremo rápido, tecnicista e irreverente. Segunda-feira dirige-se à Luz para fazer exames médicos, depois de entre as partes ter ficado tudo acertado, e assinar contrato por três épocas. No primeiro ano já sabe que será emprestado.
Fala-se com insistência da possibilidade de voltar ao Bessa, mas o jovem diz que ainda não é certo. «O clube para onde serei emprestado é o que falta definir», referiu ao Maisfutebol. «Existe a hipótese do Boavista, mas há mais hipóteses. Entre segunda e terça-feira deve ficar definido».
A transferência para a Luz, acrescentou, foi a concretização de um sonho. «O processo já se desenvolvia há algum tempo, mas tudo teve que ser atrasado pelas situações do Benfica poder ir à Liga dos Campeões e do Boavista poder descer de divisão. Agora tudo se concretizou e foi um alívio. Acreditei sempre que fosse possível».
Ele que, jura, é um benfiquista. «Desde pequenino». Um benfiquista com o hábito de marcar ao Sporting. Aconteceu no último jogo da época passada, em Alvalade, num jogo que o Boavista acabou por perder. É um hábito marcar ao Sporting? «Não é um hábito, mas é uma vontade. Quero marcar golos ao Sporting e a todos os outros».
Sobre o golo ao Sporting, Ivan Santos sorri. «Correu muito bem, fiquei feliz por marcar. Foi pena não ter valido para mais, porque sou benfiquista e boavisteiro e gostava que os dois clubes tivessem aproveitado melhor esse golo». Para ele, porém, foi muito bom. «Costumo dizer que as duas últimas jornadas foram a salvação da minha época».
«Tive oportunidade de me jogar, de mostrar o meu valor e tudo correu bem. Tenho que agradecer ao treinador Jaime Pacheco pelas oportunidades que me concedeu. A minha época fez-se nas duas últimas jornadas», termina este extremo de 19 anos, internacional sub-19, ainda jovem, mas senhor de um discurso maduro, solto e personalizado.