Tomislav Ivic faleceu nesta sexta-feira, em Split, aos 77 anos. O antigo treinador de F.C. Porto e Benfica deixou marcas no futebol português e não só. O mundo despede-se de um homem que passou por 20 clubes e 4 selecções nacionais, conquistando 16 títulos.

Falece Ivic, o homem do póquer de títulos no Porto

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Os adeptos do F.C. Porto recordarão certamente a temporada 1987/88, quando a equipa de Ivic arrancou com a conquista da Supertaça Europeia, passou pela vitória na Taça Intercontinental e completou o póquer com o campeonato e a Taça de Portugal.

Nascido na Croácia, quando esta ainda fazia parte da Jugoslávia, Tomislav Ivic RNK Split e Hadjuk Split como jogador. Os seus maiores êxitos, contudo, estavam guardados para a carreira como técnico.

O treinador venceu três ligas e quatro taças da Jugoslávia, todas no banco do Hadjuk Split. Em 1977, levou o Ajax ao triunfo na Taça da Holanda. Tomislav Ivic passou por vários países ao longo da carreira. Foi campeão da Bélgica (Anderlecht em 1981) e da Grécia (Panathinaikos em 1886) antes de chegar ao F.C. Porto.

Ivic pegou no Porto campeão europeu e manteve a senda de êxitos, conquistando quatro troféus em 87/88. Apenas André Villas-Boas, na época agora finda, igualou tamanho feito.

De Portugal, o croata foi para França, para orientar o Paris Saint-Germain. Seguiu-se a Espanha, para dar uma Taça do Rei ao Atlético de Madrid, e de novo França, desta vez com sucesso, conduzindo o Marselha ao título da Ligue 1.

Em 1992, o nosso país voltou a receber Ivic, desta vez para uma época no Benfica. Seguiu-se outra no F.C. Porto, numa aventura que terminaria antes de Bobby Robson trocar Alvalade pela Invicta. A partir daí, afastou dos troféus mas manteve a ambição, multiplicando-se em experiências.

Foi adjunto da Croácia, tal como havia sido da Jugoslávia. Passou por Mónaco e Standard de Liége, treinando pelo meio as selecções dos Emirados Árabes Unidos e do Irão. Em 2004, despediu-se, após uma aventura no Ittihad Jeddah da Arábia Saudita. Nesta sexta-feira, faleceu devido a problemas do coração. Tinha 77 anos. Deixou obra feita.