Jackson Martínez disse em entrevista ao jornalista Rémi Martins que grande parte do sucesso do FC Porto se deve aos adeptos. São pessoas que sabem acarinhar os jogadores, que facilitam a adaptação e que apoiam. Embora também sejam muito exigentes, o que para alguns atletas pode ser um pouco assustador.
Pelo caminho contou até um episódio que lhe aconteceu quando ainda jogava no FC Porto.
«Foi uma experiência desagradável, mas também agradável porque consegui acalmar-me. Estava com o meu filho no centro comercial e tínhamos acabado de empatar um jogo em casa. Um adepto disse-me uma palavra forte. Voltei-me, fui à frente dele e perguntei: ‘O que disseste?’. Ele respondeu ‘nada’, mas eu tinha ouvido bem», recorda o antigo avançado.
«Aí eu disse-lhe: ‘Estou com o meu filho e peço-te um pouco de respeito. Se estou sozinho, consigo aguentar, mas estou com o meu filho e peço-te respeito’. Ele pediu desculpa. Mas no momento a minha primeira reação era outra. Se tivesse tomado a primeira reação ia correr mal. No momento, meditei sobre isso e deixei. Percebo que um adepto fica chateado por um mau resultado, mas há maneiras de falar quando não conheces as pessoas.»
Por estes dias, Jackson Martínez continua no Porto, antes de regressar à Colômbia, e há uns dias foi até visto num treino do Vizela, ao lado do treinador Álvaro Pacheco.
«Tenho um conhecido que me convidou para ir lá e ver os treinos. Quero fazer o curso de treinador. Tive a oportunidade de conhecer o treinador e falar com ele. É um grande trabalhador.»
Nesta entrevista a Rémi Martins, Jackson Martínez revela que se vê a fazer carreira como técnico.
«Vou começar, provavelmente no próximo ano. Se será mais para trabalhar com jovens? Eu gosto da formação, sim, mas tens que saber que se correr bem em qualquer momento vais receber um convite para pegar numa equipa principal. Mesmo que não esteja na minha mente, sei que no momento em que receber o convite vou analisa-lo porque quando és convidado e tens um projeto, as coisas mudam.»