Ano da graça de 2006: James Rodríguez faz o primeiro jogo nos seniores do Envigado FC. Tem apenas 14 (!) anos e é lançado por Óscar Aristizabal. Sete temporadas depois, o esquerdino é uma das estrelas do magnata Dmitri Rybolovlev, no ostensivo AS Mónaco.


Ano de 2009: Juan Fernando Quintero surge pela primeira vez na equipa principal do mesmo Envigado FC. Óscar Aristizabal, treinador e formador, aposta na irreverência de um adolescente com 16 anos. Quatro épocas volvidas, Juanfer é arma letal de Paulo Fonseca no FC Porto.


Não é difícil perceber que o maestro Aristizabal conhece como ninguém James e Quintero. Daí a pergunta do Maisfutebol: o que os une, o que os separa?


«Eu diria que o James é mais cerebral e o Quintero mais explosivo. Essa é uma das diferenças. Há mais, porém», conta, bom conversador, Óscar Aristizabal.


«O James é um jogador de maior sacrifício. Tem noções táticas mais sólidas, sempre foi assim. De todo o modo, o Quintero melhorou radicalmente esse item do seu futebol. Vejo-o no FC Porto mais competitivo e dinâmico», clarifica o tutor desportivo dos dois colombianos.


Há diferenças, como vemos, mas ainda mais semelhanças entre um e outro. «Tecnicamente são similares. Desde niños mantêm uma relação facílima com a bola, uma relação de amor. São fortes no passe curto e longo, além de rematarem muito bem».


No mês de julho, logo após a contratação de Quintero, o presidente do Envigado FC traçava ao nosso jornal a comparação entre os dois esquerdinos. Felipe Paniagua defendia o seguinte:


«James joga melhor na ala do que o Juan. Quintero é um dez puro. Não é tão forte sem bola, mas com a bola nos pés faz maravilhas. Tem uma técnica impressionante e é muito inteligente».


Fora dos relvados, James e Quintero têm a sorte de beneficiar de «um bom enquadramento familiar». «Há uns anos os colombianos saíam do país e perdiam-se. Agora é diferente. Noto neles comportamentos muito evoluídos», refere Óscar Aristizabal.


James Rodríguez e Juan Quintero, tão diferentes, tão iguais.