Foi uma das contratações mais sonantes do Boavista para a presente temporada, face à memória dos confrontos entre o Liechtenstein e Portugal, mas continua arredado da titularidade. Peter Jehle tem sido a terceira opção, atrás de Khadim e William, mas continua determinado a provar o seu valor.
Em entrevista do jornal «Liechtensteiner Vaterland», do seu país, o guarda-redes fez um balanço dos seus primeiros meses em Portugal, elogiando os métodos de treino de Jaime Pacheco. «Treinar com Pacheco é divertido. É um treinador experiente, por isso estou convencido que podemos regressar aos lugares cimeiros da classificação. Pessoalmente, fico à espera de uma oportunidade», começou por dizer.
Peter Jehle teve uma oportunidade para surgir no onze, depois de Khadim ter comprometido as aspirações da sua equipa no Estádio do Dragão, mas uma doença deitou o sonho por terra: «Acabei por ficar doente. Até ao jogo, consegui melhorar e acabei por me sentar no banco. De qualque forma, estou optimista e espero ser utilizado na Taça de Portugal, a 7 de Janeiro.»
O «Liechtensteiner Vaterland» pediu a Jehle para comentar a veterania dos seus concorrentes directos, Khadim e William. «Nos últimos tempos, também tem treinado connosco um guarda-redes das camadas jovens. Eu espero agarrar uma oportunidade na Taça, afirmar-me na selecção e, assim, começar a jogar também no campeonato. William? Ele treina sempre no duro e parece que só deverá continuar até ao próximo verão», considera.
A nível colectivo, Peter Jehle não se mostra intimidado com o valor dos próximos adversários, lembrando que o Boavista tem de pontuar frente a todas as equipas. «Vamos jogar com Marítimo, Sporting e Benfica depois das férias. Também queremos marcar frente a essas equipas, para subir na tabela.»
Na selecção do Liechtenstein, Peter Jehle prepara-se para reencontrar o técnico Bidu Zaugg, com quem trabalhou no Grasshopper e do qual não guarda boas memórias. O guarda-redes do Boavista acredita, ainda assim, que tem qualidade para continuar a ser chamado à equipa nacional: «Para já, tenho de concentrar todas as atenções no Boavista. Só assim poderei ser chamado à selecção. A barreira linguística já está a ser ultrapassada e espero regressar bem.» Jelhe está no seu país e regressa a Portugal para marcar presença na reabertura das oficinas do Bessa, marcada para o dia 27 de Dezembro.