O momento infeliz de Helton em Madrid mereceu algumas palavras de Jesualdo Ferreira, esta sexta-feira. O técnico do F.C. Porto colocou-se ao lado do seu guarda-redes, tributou-lhe alguns elogios e lembrou as «muitas vezes» em que foi o internacional brasileiro a salvar a equipa. A confiança nas suas qualidades mantém-se inabalável.
«Senti uma grande necessidade de apoiá-lo fortemente. A equipa também o sentiu. Mas se tivéssemos feito os golos que deveríamos, o lance não teria a mesma dimensão. Ele já nos salvou muitas vezes. A equipa foi capaz de ultrapassar essa jogada, até porque ao intervalo vivemos um momento muito emocional», explicou Jesualdo Ferreira na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Sporting.
«O Lucho precisa sempre de treinar e jogar»
O treinador do F.C. Porto prepara-se para começar a gerir cirurgicamente o plantel. Jesualdo está preocupado com o calendário denso que se avizinha, principalmente «a partir de Abril», e começará a olhar com atenção para a situação de cada um dos seus atletas.
Lucho, que tem jogado com dores no joelho esquerdo, é um dos jogadores em foco neste campo. «Temos de gerir este tipo de coisas de uma forma positiva. O Lucho precisa sempre de treinar e de jogar. Conheço bem os meus jogadores e sei o que hei-de fazer para retirar o melhorar rendimento deles», referiu o técnico, muito satisfeito também pela forma como cada um dos jogadores tem gerido o seu quadro disciplinar.
Lisandro, Hulk, Rodriguez e Fernando vêm com quatro amarelos já há várias jornadas, mas têm conseguido evitar a quinta cartolina e respectiva suspensão. Estão, por isso, disponíveis para defrontar o Sporting. A este propósito, Jesualdo recordou um episódio vivido na época 2006/07, numa partida com o CSKA em Moscovo.
«Recordo-me de um jogo em Moscovo, em que tínhamos de vencer, e um jogador fundamental na estratégia da equipa apanhou um amarelo aos dez minutos (n.d.r. o jogador foi Paulo Assunção e viu o amarelo aos sete minutos). Acabámos por vencer o jogo e o atleta em causa aguentou-se até ao fim», explicou Jesualdo, que justifica esta boa gestão com «a solidez e confiança» do conjunto.